O controle preciso da matéria-prima é um dos pilares da eficiência no agronegócio moderno, com impactos diretos sobre a produtividade, a redução de desperdícios e a qualidade do produto final.
Cada etapa da cadeia produtiva, desde o plantio e manejo das sementes até o transporte, armazenamento e embarque, exige processos bem estruturados, tecnologia avançada e monitoramento constante para garantir que os resultados sejam confiáveis e previsíveis.
A automação, a precisão na pesagem e a gestão eficiente do fluxo de insumos tornam-se elementos estratégicos para que produtores e indústrias consigam maximizar a eficiência e reduzir perdas.
Jessica Lima, engenheira de soluções da linha Fast Factory da Toledo do Brasil, compartilhou sua visão sobre esses desafios e explicou como soluções inovadoras podem transformar o controle da matéria-prima e otimizar toda a operação. Continue lendo nosso texto e entenda.
A importância do controle preciso da matéria-prima na indústria
Para Jessica, controlar com rigor o fluxo de matéria-prima é um dos pilares da eficiência no agronegócio moderno. Segundo ela, a evolução tecnológica transformou profundamente o trabalho no campo, especialmente em operações que atuam desde a origem do grão. Hoje, produtores utilizam recursos avançados — da agricultura de precisão e soluções de fertilização de alta tecnologia — todos voltados a minimizar perdas e otimizar cada etapa da produção.
Nesse contexto, a pesagem torna-se um elemento central. “O peso é uma das principais grandezas em toda a cadeia do agronegócio”, afirma. Jessica explica que cada grão passa diversas vezes por equipamentos de pesagem ao longo do processo logístico, o que torna a precisão indispensável para manter a produtividade e garantir previsibilidade operacional.
Ela reforça que a meta não é simplesmente evitar faltar ou sobrar insumos, mas alcançar o equilíbrio exato necessário para que a área plantada receba a quantidade correta de sementes, fertilizantes e demais insumos. Qualquer desajuste, seja excesso ou insuficiência, gera custos, desperdícios ou impactos diretos na produtividade. “Por meio do peso, é possível controlar toda a cadeia produtiva: quanto foi plantado, quanto foi utilizado em fertilização, quanto foi colhido e qual será o resultado financeiro no fim do mês”, destaca.
Os impactos da perda e da imprecisão na pesagem — por que cada grama importa
Quando ocorre perda ou imprecisão na pesagem, os impactos se espalham por toda a cadeia produtiva — e, em segmentos como a indústria sementeira, eles se tornam ainda mais críticos. Jessica explica que esse setor opera com alto nível de tecnologia embarcada. “Existem diferentes cultivares e empresas que investem em melhoramento genético dos grãos para otimizar o desempenho no campo e garantir altos padrões de sanidade, o que já representa um valor agregado significativo.”, afirma.
Ela relata que, antes da adoção de controles mais rígidos, era comum que os big bags fossem envasados sem precisão. “O produtor faz todo o cálculo de área. Não pode faltar e nem sobrar. Hoje existe maquinário, existe tecnologia, e tudo é planejado. Quando falta semente, é um transtorno, porque não há reposição imediata. E quando sobra, também não é adequado, pois há desperdício de matéria-prima e de recursos financeiros.”
Com a atualização trazida pela Portaria MAPA nº 538 de 2022, que modernizou processos e ampliou a rastreabilidade no setor, o PMS — peso de mil sementes — consolidou-se ainda mais como referência técnica adotada pelas sementeiras para garantir padronização e precisão no envase. “Todas as empresas sementeiras realizam esse cálculo. A amostragem de mil sementes geralmente apresenta peso entre 130 g e 220 g, dependendo do cultivar”, detalha a especialista.
Esse cenário impulsionou o desenvolvimento de tecnologias específicas pela Toledo do Brasil. “O Tolbag incorpora tecnologia que realiza o enchimento dos big bags com base no PMS. O módulo recebe automaticamente esse dado — inclusive a partir de contadoras de sementes — e insere as 5 milhões de sementes necessárias para que o produtor não enfrente transtornos ou desperdícios”, afirma Jessica.
Ela reforça que precisão é tão importante quanto o peso final. “A portaria permite uma margem de erro de até três incrementos de 200 g, ou seja, até 600 g em big bags de 1.000 a 1.500 kg. Mas, graças à robustez da nossa eletrônica, trabalhamos com valores praticamente exatos. Entregamos 1.000 kg, 1.500 kg, dentro das margens, evitando desperdícios e qualquer impacto negativo no campo.”
A pesagem como eixo de qualidade e rastreabilidade em toda a cadeia do grão
Jessica destaca que, quando falamos de qualidade de grãos, falamos também de logística — e a pesagem cumpre um papel central nesse processo. A Toledo do Brasil acompanha essa jornada desde a origem até a exportação, com soluções que pesam o grão no campo, no transporte, no recebimento industrial e até no embarque em navios.
“Da balança granel que abastece o caminhão à conferência na balança rodoviária, e depois ao carregamento final por meio da nossa balança de fluxo contínuo, o Tolflux, toda a movimentação passa por sistemas de pesagem que asseguram precisão e confiabilidade”, explica.
Além das etapas logísticas, há o papel da pesagem na avaliação da saúde da semente. Jessica lembra que tecnologias analíticas permitem medir a qualidade seja da semente ou do grão através do peso
“Hoje conseguimos determinar o PMS e o percentual de impurezas com exatidão usando as balanças de laboratório, como a Linha Prix Lab, que trabalha com até cinco casas decimais. Além disso, também podemos medir a umidade dos grãos, com o mais recente lançamento da Toledo do Brasil, a Linha Prix MUG, medidores de umidade que auxiliam o produtor na tomada de decisão — seja para definir o melhor momento da colheita ou para monitorar a umidade no armazenamento, por exemplo.”
Segundo ela, a densidade do grão, associada ao peso, auxilia na leitura da qualidade e do comportamento do cultivar. “Cada cultivar possui características próprias. A partir do peso, conseguimos identificar se a semente está saudável e dentro das faixas esperadas.”
Indicadores, monitoramento e a balança como ferramenta de gestão
Questionada sobre métricas para monitorar perdas ou desvios, Jessica é categórica: monitoramento é indispensável — e evoluiu muito. “A balança deixou de ser apenas um equipamento de pesagem. Hoje ela é, de fato, uma ferramenta de gestão”, afirma. Um exemplo disso é a Cloud Prix, sistema que permite acompanhar remotamente o desempenho de balanças distribuídas em diferentes unidades e etapas produtivas.
Com a Cloud Prix, o gestor visualiza, em tempo real, relatórios de pesagens, históricos por data e hora, identificação do operador, produtividade do equipamento e alertas operacionais. Esse último ponto é crítico especialmente em equipamentos de alta demanda, como o Toflux utilizado em portos. “Parar uma balança que alimenta um navio gera prejuízos enormes. Por isso, o sistema emite mensagens preventivas e orientações de manutenção, sinalizando, por exemplo, a necessidade de trocar um cilindro ou um sensor antes que cause uma parada inesperada.”
Esse nível de monitoramento permite continuidade operacional, reduz perdas e garante precisão em todas as fases — do campo ao embarque. “A Cloud Prix já equipa praticamente todos os nossos sistemas. Ela garante que o cliente tenha, literalmente na palma da mão, a gestão completa da balança e de sua produtividade”.
Case de sucesso: projeto Farm e o impacto no campo
Jessica explica que muitos dos cases de sucesso da Toledo do Brasil estão diretamente ligados às balanças, já que são elas que fornecem a informação crítica para tomada de decisão no campo. Entre os projetos mais recentes, ela destaca a nova linha desenvolvida especialmente para propriedades rurais, chamada Farm — um direcionamento estratégico da empresa para atender de forma mais eficiente o produtor.
O conceito da iniciativa consiste em simplificar ao máximo o projeto mecânico da balança, reduzindo custos sem comprometer a qualidade e precisão. A proposta surgiu porque muitos produtores não têm acesso ao mesmo nível de investimento que indústrias e portos normalmente possuem. Com essa nova abordagem, a Toledo conseguiu entregar modelos mais enxutos, acessíveis e adequados à realidade da fazenda, sem perda de desempenho.
Segundo Jessica, a recepção tem sido extremamente positiva. Produtores relatam satisfação no controle de produtividade e maior segurança no processo, especialmente porque muitos enfrentam riscos de fraude na pesagem. Com a balança adequada, conseguem acompanhar com mais precisão cada etapa da operação.
Ela reforça a participação da Toledo do Brasil em todas as cadeias logísticas, desde a origem, nas propriedades rurais, até terminais portuários. Por isso, ver o projeto Farm ganhar força e gerar retorno imediato para os produtores tem sido motivo de grande satisfação. A solução já é considerada um dos cases de sucesso mais recentes da empresa e vem se difundindo para demais projetos, como balanças de fluxo e rodoviárias, justamente por conseguir levar tecnologia, precisão e confiabilidade para quem está na base do processo.
Conclusão
Ao longo de toda a cadeia do agronegócio, desde o campo até o porto, a precisão na pesagem, a automação e o uso inteligente da tecnologia se mostram decisivas para aumentar a produtividade, reduzir desperdícios e garantir a qualidade do produto final.
A Toledo do Brasil combina esses elementos em soluções completas, capazes de apoiar operadores, gestores e toda a operação. Conheça nossas tecnologias e serviços e veja como elas podem transformar o controle de matéria-prima e otimizar os resultados da sua produção.
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