Rota do algodão: conheça as balanças indispensáveis durante essa jornada

Publicado em 07 de Março de 2024

A cultura do algodão é uma das mais desafiadoras em termos de custos e rigor no processo de produção.

Na prática, ela requer uma meticulosa precisão nas etapas de pesagem para evitar perdas e garantir a lucratividade dos produtores.

A boa notícia é que a Toledo do Brasil desenvolveu equipamentos que auxiliam de maneira eficaz nesse desafio.

Por esse motivo, entrevistamos Flávio de Araújo Gonçalves, Gerente Regional da Toledo do Brasil, que apresentou as principais balanças desenvolvidas pela empresa para garantir a rentabilidade no cultivo de algodão. Continue lendo nosso artigo e entenda o assunto.

Principais etapas e balanças da rota do algodão

A rota do algodão passa por etapas distintas dependendo do modelo de beneficiamento aplicado a cada indústria e, para cada uma delas, a Toledo possui uma solução específica, que permite ao produtor trabalhar com informações reais, ao invés do modelo de “rendimento teórico”. Confira a seguir quais são esses estágios.

Recebimento do rolo de algodão

De acordo com Flávio, quando a máquina faz a colheita do algodão, ela forma fardos circulares ou “rolos” de aproximadamente 2500kg. “A própria máquina após realizar a colheita vai compactar o algodão e envolver os fardos circulares em lonas para proteção e transporte dos rolos até a unidade de processamento por meio de caminhões”.

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Segundo explica, nas unidades de beneficiamento os veículos que transportam esses rolos são pesados para identificar a quantidade de algodão oriunda do campo e, para isso, utilizam a Balança Rodoviária 950i com o Sistema Guardian, da Toledo do Brasil.

“O Sistema Guardian possibilita efetuar pesagens automáticas e proporciona integração dos dados das operações de pesagem diretamente com o ERP do cliente. Isso dá total confiabilidade e lisura ao processo”, detalha.
Além disso, conforme informação de Flávio, essa solução dispensa a intervenção humana para controle de acesso de veículos e diminui o tempo do ciclo de pesagem, evitando filas.

“Ele também facilita a realização de auditorias e a comprovação de pesagens com arquivos com fotos dos veículos e permite eliminar erros de medição de peso, sejam eles causados por falhas operacionais ou mesmo por fraudes que culminam em perdas financeiras”, acrescenta. Para saber mais sobre o Guardian, clique aqui.

Armazenagem do rolo de algodão

Flávio afirma que o próximo passo é a armazenagem do rolo de algodão. “Com os rolos no pátio de armazenagem, eu tenho o peso de todos os rolos, mas não tenho o peso individual de cada um. Isso é um problema”.

Ele ressalta que a Toledo recomenda realizar a pesagem individualizada de cada rolo antes deste entrar no processo, para que se tenha a medição exata do rendimento ao final do beneficiamento.

“Para isso, a balança mais indicada é a 2180, da Toledo do Brasil, que possui uma plataforma que permite acesso multidirecional de cargas com capacidade de pesagem desde 300 kg a 20 mil kg”.

Segundo explica, essa balança pode ser utilizada como pesadora, contadora, comparadora ou classificadora de pesos. “Trata-se de uma solução super versátil, que possui uma série de funcionalidades”, acrescenta. Para saber mais sobre a balança 2180 Piso, clique aqui.

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Descaroçamento

Segundo Flávio, a terceira fase da rota do algodão consiste no seu descaroçamento, processo do qual derivam basicamente quatro subprodutos. São eles:

• Impurezas

Cerca de 7,1% do produto é constituído de impurezas, como galhos e pedras que são removidos no processo de limpeza da pluma. “Essas impurezas são descartadas ao longo do processo de descaroçamento e geralmente são armazenadas em recipientes que também podem ser pesados com uma balança de plataforma modelo 2180” , explica Flávio.

• Fibrilha

Outro subproduto do algodão, segundo Flávio, é a fibrilha, que, em geral, corresponde a 0,9% da produção.
“Trata-se de uma fibra de algodão impura, que é utilizada comercialmente na produção de tecidos rústicos ou de baixa gramatura, como por exemplo a fabricação de pano de chão e tapetes, mas ela é vendida por um preço inferior”.
Nesse caso, ele frisa que a balança 2180 também é utilizada, para proporcionar precisão a essa etapa do processo, deixando claro qual a quantidade de algodão será comercializada por um preço menor e contribuindo para evitar prejuízos.

• Caroço

Além de separar as impurezas e a fibrilha, o processo de descaroçamento possibilita separar o caroço do algodão, que consiste em cerca de 51% do produto e pode originar óleo comestível, farelo ou torta de algodão ou ser utilizado como semente após a retirada do linter.

Segundo Flávio, o equipamento utilizado para pesar o caroço é o Tolflux, uma balança eletrônica de pesagem repetitiva por batelada.

“No beneficiamento do algodão, a maioria das empresas encontram dificuldade com a pesagem do caroço de algodão. Ele representa percentualmente a maior quantidade de subproduto do algodão, mas pela dificuldade no processo, as empresas simplesmente direcionam o produto para o armazém fazendo apenas uma estimativa teórica da quantidade do produto. A Toledo do Brasil desenvolveu o Tolflux versão Algodão, uma balança de fluxo de bateladas exclusiva para a pesagem do caroço de algodão.

Ele realiza pesagem através de bateladas, possibilitando ao cliente a medição real do caroço de algodão produzido durante o beneficiamento, trazendo um grande diferencial para o processo. Para saber mais sobre o Tolflux, clique aqui.

• Pluma ou fibra de algodão

Espera-se que, no mínimo, 41% do algodão seja aproveitado como pluma. “Esse subproduto, é o que tem maior valor de mercado, vai para a indústria têxtil, sendo utilizado para fabricar roupas”, expõe Flávio.

Segundo afirma, a balança utilizada para pesar os fardos da pluma de algodão é a 2180 . “Com isso, será possível saber se o produto rendeu a quantidade esperada de fibra de algodão”.

Caroço: seus subprodutos e as respectivas balanças da Toledo

O caroço de algodão, se não for esmagado, pode retornar para a agricultura em forma de semente. Porém, não vamos nos aprofundar nesse aspecto, mas vamos dar ênfase aos três subprodutos do caroço e nas respectivas balanças usadas para mensurá-los. Confira:

• Óleo de algodão

O óleo de algodão é um subproduto do caroço do algodão utilizado na culinária, na indústria alimentícia e na indústria cosmética, afirma Flávio.

“O óleo de algodão é muito utilizado na fabricação de biocombustíveis, na indústria alimentícia, e indústrias químicas", explica.

Segundo o profissional, a Toledo do Brasil possui algumas soluções para mensurar o óleo de Algodão: Para mensurar a produção de óleo de algodão, podemos utilizar a instrumentação de tanques de armazenagem de forma que o próprio tanque se transforme numa balança, possibilitando assim medir a quantidade de produto armazenado neste.

Em alguns casos também é possível utilizar o Tolfluid que é uma solução para o envase de tambores, bombonas e contêineres IBC a partir do peso de envasamento.

Ainda para a medição do óleo de Algodão, é possível pesarmos o produto utilizando a balança Rodoviária 950i com o Sistema Guardian para a pesagem dos caminhões tanques que transportam o produto na sua expedição.

• Torta de algodão

A Torta de algodão é um subproduto oriundo da extração do óleo contido no grão do algodão, que ao ser esmagado é conhecido por torta. É usada na forma transformada originalmente ou moída e peletizada. A principal aplicação da torta de algodão é na produção de rações animais, devido ao seu alto valor proteico.

Segundo Flávio, a tecnologia aplicada para pesar os sacos de torta de algodão é a Ensak, balança eletrônica de pesagem para ensaque de produtos.

“Seu controle analisa o fluxo de material a cada cinco sacos enchidos, antecipando ou não o corte da alimentação do produto, o que garante ótima precisão a cada enchimento. Como exemplo, numa embalagem de 25kg, é possível obter uma precisão de +/- 3 divisões da balança ou 30g, o que confere uma precisão de aproximadamente 0,12%”, define.

• Farelo de algodão

A moagem da torta produz o farelo. O farelo de algodão é utilizando principalmente para a alimentação de animais ruminantes.

“O farelo de algodão é um produto que também pode ser pesado a partir do Tolflux, nossa balança eletrônica de pesagem repetitiva por bateladas. Ela é utilizada em várias aplicações, como na medição de grãos e farelos em processos produtivos de fábricas além de pesar estes produtos no processo de carregamento e descarregamento em caminhões e vagões ferroviários por exemplo”, detalha.

Conclusão

Neste artigo, apresentamos as principais etapas da rota do algodão e as soluções da Toledo indicadas durante cada procedimento. Se você gostou deste conteúdo, compartilhe com alguém que se interesse pelo tema.

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