Rota do milho: equipamentos da Toledo do Brasil utilizados no transporte desse grão

Publicado em 20 de Fevereiro de 2024

Neste ano, o Brasil superou os Estados Unidos e se tornou o maior exportador de milho do mundo, um fato inédito desde 2013, quando os americanos foram impactados pela seca. É o que mostra esta matéria do site G1, publicada no dia 1º de setembro.

De acordo com essa reportagem, nosso país foi responsável por 32% das exportações mundiais, exportando 56 milhões de toneladas de milho, enquanto os Estados Unidos responderam por cerca de 23%, vendendo 41,277 milhões de toneladas.

Vale destacar que, no mundo inteiro, as vendas totais giraram em torno 177,5 milhões de toneladas, o que mostra a importância desse grão.

Mas, afinal, quais são as etapas do transporte do milho e qual é a relação da Toledo do Brasil com essa jornada? Para responder a essas e outras questões, entrevistamos Danilo Souza, nosso engenheiro de soluções. Continue lendo nosso artigo e saiba tudo sobre o assunto.

Utilidades do milho

De acordo com Danilo Souza, o milho plantado no Brasil visa, além da produção destinada a itens de alimentação humana, animal e exportação, a produção de etanol e outros subprodutos como DDG e DDGS, com um impulsionamento desde meados de 2017.

“Esse fato tem como origem o processo utilizado nos Estados Unidos, que são os maiores produtores de milho do mundo e têm pouca cana-de-açúcar, explorando fortemente o milho para produção de Etanol, então aí, algumas empresas trouxeram essa tecnologia para cá tropicalizando o que era possível”, expõe.

Segundo explica, as maiores plantas de etanol estão localizadas no centro-oeste, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, além de áreas no sul do Maranhão e regiões do Tocantins. “Você acaba tendo centros de produção de etanol do milho em localidades em que a cana está mais distante. Isso viabiliza um combustível mais barato”.

Danilo destaca que é importante que o milho seja produzido perto de onde ele será utilizado para não impactar no frete. “Quando comparamos o milho com a soja, por exemplo, seu preço de venda da saca é bastante inferior. Sendo assim, o custo do frete, nesse caso, é muito mais impactante”.

Ainda conforme explicação de Danilo, outra utilidade do milho é servir de alimento para gado. “O subproduto do processo é utilizado para complementar a ração. Ele é rico em proteína e deixa o animal com mais energia. A massa seca do milho tem um custo menor que o do farelo de soja, e, como no centro oeste tem muito confinamento de gado, acaba ficando próximo de quem vai consumir”.

Ele acrescenta que não é aconselhável plantar duas vezes a mesma cultura em sequência. “Tem que haver rotatividade, senão a planta arranca do solo todos os nutrientes que só o milho consome. Então, o que é feito? Planta-se soja e milho, milho e algodão e assim por diante”.

Conheça as etapas do transporte do milho

O transporte do milho envolve várias etapas, associadas a equipamentos desenvolvidos pela Toledo do Brasil. Veja, a seguir, quais são os estágios dessa jornada:

Unidade de armazenamento

Segundo informações do nosso entrevistado, após ser plantado e colhido, o milho é transportado da fazenda para uma unidade de armazenamento. “Mas, antes de adentrar o local, passa por uma balança de rodoviária para registrar a quantidade recebida. Essa etapa é fundamental para o controle de estoque e para futuras operações de venda ou processamento”, adverte.

Análise de Qualidade e Secagem

Nesta etapa, após a entrada do produto na unidade, é realiza a amostragem e análise da qualidade, e com base nos resultados, decide-se quais processos serão necessários (como secagem ou limpeza) antes do armazenamento.

Se os grãos estiverem com umidade acima do recomendado para armazenamento seguro (geralmente abaixo de 14%), eles passam por um processo de secagem, crucial para prevenir o desenvolvimento de fungos e outras pragas.

Limpeza, Preparação e Classificação

Ele afirma que o próximo passo é o processo de debulha. “Nessa etapa, é retirada a casca e feita a debulha para separar os grãos das espigas ou das vagens”.

Danilo observa também que, após a etapa de debulha, o produto passa pela limpeza e retirada da umidade.

“Em primeiro lugar, é realizada uma limpeza, em que grãos são limpos para remover impurezas como poeira, palha, pedras, e grãos danificados, e posteriormente são classificados por tamanho e qualidade. Isso pode determinar seu destino final, seja para venda direta, processamento adicional ou armazenamento específico.

Após a classificação, os grãos são transportados passando por uma balança de fluxo do tipo Tolflux para seguir a sua destinação, para que depois de separar o grão da espiga, saiba-se exatamente qual é a quantidade de produto acabado disponível. A escolha entre silos ou armazéns depende do tipo de grão, da quantidade e do período de armazenamento previsto.

Expedição do produto

O próximo passo, ressalta Danilo, é a expedição do produto. “Nesse estágio, o milho é carregado nos caminhões por uma balança de fluxo modelo Granel, que compara o peso do produto com o que foi vendido para o cliente final. Em seguida, antes de sair da unidade, passa mais uma vez por uma balança rodoviária, que possibilita emitir a nota fiscal”.

Destino

Segundo explicação de Danilo, na última etapa, o produto vai para o seu destino, que pode ser uma fábrica processadora de milho, uma planta de etanol de milho, um terminal intermodal ou um porto.

“Considerando o destino sendo uma Usina de Etanol de milho, o produto recebido passa por uma balança rodoviária, seguindo para o armazenamento inicial, sendo direcionado posteriormente para uma linha de carregamento para o processamento do milho, em que todo o produto será pesado por um Tolflux, seguindo para moagem, liquefação, sacarificação, fermentação, destilação e desidratação. Basicamente a massa seca do processo será transformada em DDG (Grãos Secos de Destilaria), DDGS (Grãos Secos de Destilaria com Solúveis) e WDG (Grãos Úmidos de Destilaria), ingredientes valiosos para a alimentação animal.”

“Com relação ao etanol, ele geralmente passará por um medidor de vazão e é direcionado para os tanques de armazenamento, aqueles gigantescos, como reservatórios de petróleo. Depois disso, na expedição do produto pode haver o carregamento dos caminhões tanques através de um Tolfluid, a fim de dosar a carga combinada na venda daquela quantidade de produto, e na saída da unidade se passa por uma balança rodoviária novamente para emissão da nota fiscal”. Ele frisa que o etanol é inflamável, por isso, é necessário utilizar equipamentos que são a prova de explosão.

Ainda de acordo com Danilo, é possível que o transporte do milho seja feito por meio do terminal intermodal. Assim, o caminhão leva o produto até o terminal integrador, que armazena as grandes quantidades de produto, suficientes para carregar composições de trem entre 60 a 120 vagões (entre 4.800t e 12.000t), e posteriormente realizando o carregamento nos vagões de trem, onde haverá entre seis e 12 balanças de fluxo a granel.

“Ao sair do terminal é utilizada uma balança chamada Trainweigh, que permite saber quanto a linha está recebendo de carga e possibilita medir a roda, o eixo e o conjunto do truck, proporcionando segurança tanto ao vagão quanto a linha férrea, enviando eventuais sobrecargas ou cargas que extrapolem o limite da via”.

Segundo sua explicação, o produto pode ser levado ao porto por meio de vagão ou via caminhões. “Caso a mercadoria seja transportada ao porto via vagão, a Trainweigh é utilizada para dar entrada no produto, mensurando o volume da composição dos vagões. Terminais portuários mais novos tem moegas de descargas de alta capacidade de recebimento, que direcionam o produto para linhas de carregamento que passarão por um Tolflux, aferindo todo o produto recebido pelo terminal de maneira ágil e eficiente, em capacidades de até 2000t/h por linha, o que representa entre 16 e 20 vagões/h”.

Depois disso, Danilo explica que o produto é armazenado temporariamente no terminal portuário antes de ser transportado até os porões do navio, passando por um Tolflux de alta capacidade que deve somar toda a carga carregada.

Equipamentos utilizados no transporte do milho

Agora que você está por dentro das etapas que envolvem o transporte do milho, vamos apresentar os principais equipamentos da Toledo do Brasil utilizados nessa jornada. Confira:

Pesagem de caminhões

A Toledo do Brasil oferece diversos recursos para a pesagem de caminhões. Entre eles, destaca-se a balança 950i, que oferece precisão e informação em tempo real mediante tíquetes de pesagem e alerta de ocorrências via e-mail.

Seu Terminal de Pesagem TC420 contém display gráfico colorido, o que auxilia a operação do software de gerenciamento e controle de automação, proporcionando mais segurança, e maior precisão, devido à balança dual range com divisão de 10 kg para pesagens de até 80 t, e divisão de 20 kg para pesagens acima de 80 toneladas.

Tolflux

Essa balança possibilita a pesagem contínua do milho para o carregamento e descarregamento dos grãos.

Por meio de pesagens parciais executadas consecutivamente, o Tolflux calcula e indica fluxo (t/h), subtotais e total do material transferido ao longo do procedimento.

Ele é útil tanto para a pesagem de sólidos quanto de líquido e elimina a necessidade de utilizar filtros externos para captação de poeira.

Granel

A balança para pesagem a granel permite transportar materiais sólidos do silo de armazenamento para a caçamba do caminhão.

Seu principal benefício é o aumento da eficácia operacional, uma vez que o caminhão sai do local do embarque carregado com o peso exato, reduzindo as possibilidades de retrabalho durante o processo de carregamento e expedição.

Apresenta controle de dosagem, que é executado por meio de uma comporta de alimentação. Ela funciona em duplo estágio, acionada por cilindros pneumáticos integrados na própria comporta.

Além disso, as pesagens são efetuadas na caçamba, suportada por células de carga à compressão. Dessa forma, é possível reduzir o tempo de alimentação e aumentar a precisão do corte de alimentação.

Depois de digitar, no painel de controle, o peso que deve conter na caçamba, a balança a granel possibilita executar os períodos de pesagem automaticamente para alcançar o peso configurado.

Tolfluid

O Tolfluid é um sistema de enchimento de recipientes, que possibilita atingir a precisão da pesagem, na medida em que sua ferramenta de autocorreção permite dosagens de alta precisão e compensa variações das características dos materiais pesados, que podem ser causadas por mudanças de temperatura.

E mais: essa solução possui capacidade de calibração com diversas faixas de pesagem para otimizar a precisão do equipamento, podendo carregar itens como latas, bombonas, tambores e IBCs até caminhões e containers.

Entre seus benefícios, ele ainda permite a programação de até 150 produtos e de 20 recipientes diferentes e emite relatório compacto da programação geral do sistema e relatório compacto com a descrição de cada pesagem.

Série A e PS (balanças analíticas e de precisão)

Esses equipamentos foram elaborados para os mais diversos fins em que a precisão é crucial. Acessados por meio de senhas, seus bancos de dados permitem rastrear as pesagens, com informações como: data, hora, nome do operador, nome do produto e muito mais.

Nossas balanças analíticas e de precisão apresentam capacidades que vão de 82g até 6000g e resolução de 0,01g até 0,00001g (5 casas decimais) e memória interna que salva as informações das últimas 100 mil pesagens.

Série MAR — analisadores de umidade

Nossos analisadores de umidade permitem definir a umidade de amostras de produtos variados, sendo úteis para várias aplicações, inclusive no transporte do milho.

Eles proporcionam rapidez e precisão na análise do teor de umidade de amostras. Também possuem menu em português e uma tela LCD, que oferece uma linha de texto extra para dados adicionais.

Terminal industrial para utilização em áreas classificadas

Nosso terminal industrial para utilização em áreas classificadas, TI311x, é ideal para leitura de células de carga analógica utilizadas em aplicações de pesagem de tanques, plataformas de pesagem, paleteiras e sistemas de pesagem analógicos em geral.

Ele permite registro de dados das informações de pesagem por meio da impressão de dados via RS-232C, interligação a PCs, Ethernet TCP/IP, aplicações de dosagem e ainda a interligação nas redes Profibus-DP e Ethernet IP.

Displays remotos

Nossos displays remotos para indicação de peso são indicados para todas as operações de controle e/ou supervisão de pesagem à distância, em que um terminal de peso estiver conectado a plataformas ou a sistemas de pesagem, balanças de caminhão, carregamento de metais, pesagem de tanques e pontes rolantes.

Conectável aos terminais Prix, por meio do canal serial loop de corrente 20mA ou saída serial RS-485, esses equipamentos proporcionam indicação de peso com excelente visibilidade mesmo à distância ou em pontos diferentes da localização do terminal de pesagem.

Indicador digital de peso TI510xx

O indicador digital de peso TI510xx reúne o que há de mais inovador em tecnologia de pesagem, tornando-se versátil nas aplicações de pesagens de tanques, silos, caçambas, plataformas de piso etc.

Apresenta diversas opções de conectividade com CLP, microcomputador, impressora e display remoto, permitindo a sua interligação a periféricos e sistemas de controle das redes industriais, o que o torna extremamente versátil nos processos industriais de pesagem.

Está aprovado para instalação em área classificada atendida como gases e vapores inflamáveis: Zona 2, Grupo IIC e T4 Poeiras e Fibras combustíveis: Zona 22, Grupo IIIC e Temp. 135°C.

Conclusão

Neste artigo, trouxemos importantes informações sobre a jornada do milho e apresentamos os equipamentos da Toledo do Brasil associados a esse trajeto. Se você gostou do nosso conteúdo, compartilhe com outra pessoa que se interesse pelo tema.

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